Maratona de MTB reúne atletas do mundo todo; cidade encanta na competição, mas sofre com descaso do poder público no turismo esportivo e ecológico
Ouro Branco se transformou, mais uma vez, no epicentro do ciclismo latino-americano durante a 7ª edição da Internacional Chaoyang Estrada Real de Mountain Bike. Com recorde de 1.584 atletas vindos de 20 estados brasileiros e cinco países, a cidade recebeu três dias de disputas emocionantes entre os dias 16 e 18 de maio, consolidando-se como uma referência no esporte.
Em sua 7ª edição na cidade, o evento bateu recorde de inscrições e atraiu representantes de 20 estados brasileiros e 5 países. Foram três dias intensos de competição, com R$ 35 mil em premiações em um evento que fortaleceu a economia local, impulsionou o turismo e elevou a visibilidade da região a novos patamares.
O organizador e empresário Felipe Avelar celebra mais um sucesso da competição na cidade e já confirma Ouro Branco como sede da próxima edição, em 2026. “É o sétimo ano que estamos em Ouro Branco. A cada edição, nos sentimos mais acolhidos e motivados a contribuir mais com a cidade. O potencial aqui é enorme”, destacou.
O evento revelou toda a força da Serra de Ouro Branco, que com seu relevo acidentado e trilhas desafiadoras, é o cenário perfeito para o mountain bike e outras modalidades de turismo esportivo, rural e ecológico.
No entanto, o brilho desse evento esportivo contrasta com uma realidade persistente: o poder público local ainda não explora devidamente essa riqueza natural. Falta investimento em infraestrutura turística e políticas públicas eficazes para transformar Ouro Branco em um destino consolidado de turismo sustentável.
“A Serra de Ouro Branco tem tudo para ser um ícone do esporte na América Latina, mas para isso, precisa do apoio efetivo da gestão pública. Sem isso, o potencial fica subaproveitado.”
A esperança agora está depositada no novo prefeito Sávio Fontes, que tem a responsabilidade de trazer uma visão mais ampla e integrada para o turismo esportivo, rural e ecológico, segmentos que podem impulsionar a economia local de forma duradoura.
Enquanto isso, o Internacional Chaoyang Estrada Real segue crescendo, mantendo Ouro Branco no topo do ciclismo, mas também servindo como um alerta para que o poder público não perca a chance de investir no que a própria natureza da cidade já oferece de forma única.
Ouro Branco vive um momento decisivo: continuar apenas como palco de grandes eventos esportivos ou aproveitar sua vocação natural para se consolidar como um destino turístico completo, sustentável e promissor. O futuro está em jogo.
Comentários: