O atentado a tiros contra Miguel Uribe Turbay, senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, marcou um dos episódios mais graves da história política recente do país. O ataque ocorreu durante um evento de campanha no sábado (7), em Bogotá, diante de dezenas de apoiadores. Uribe foi baleado na cabeça e no joelho por um adolescente armado com uma pistola semiautomática. O jovem foi detido no local.
Imediatamente socorrido, o político foi levado à Fundação Santa Fé, onde passou por procedimentos de emergência.
Nota oficial do hospital: quadro é “crítico”
Em comunicado divulgado à imprensa, a Fundação Santa Fé de Bogotá informou:
“O paciente Miguel Uribe foi admitido em estado crítico. Foi submetido a um procedimento neurocirúrgico e vascular periférico. Até o momento, não há indicação sobre novos procedimentos cirúrgicos.”
A equipe médica segue monitorando o quadro com extrema cautela, destacando que as próximas horas são decisivas para a evolução clínica do senador.
Esposa rompe o silêncio: “Ele está lutando com coragem”
A esposa de Uribe, Maria Claudia Tarazona, fez um pronunciamento público comovente, trazendo uma dimensão humana à tragédia:
“Ele venceu a primeira batalha, mas ainda está em guerra pela vida. Miguel está lutando com coragem. Esse atentado não foi só contra um político — foi contra uma família, contra a democracia, contra o direito de discordar sem medo.”
Ela também agradeceu o apoio de cidadãos e aliados de diferentes espectros políticos:
“As orações, mensagens e gestos de solidariedade têm nos dado força. Obrigada, Colômbia.”
O peso do nome Uribe e o clima de instabilidade
Neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991 por narcotraficantes, Miguel Uribe carrega em seu DNA a marca da política e da dor. Com formação jurídica e experiência como vereador, secretário municipal e senador, ele é hoje um dos principais nomes da oposição ao governo Petro.
O atentado reacende temores de retrocesso democrático na Colômbia e acende um alerta em toda a América Latina, onde a violência política voltou a ocupar espaço em pleno processo eleitoral.
Reações e impacto internacional
O presidente Gustavo Petro lamentou o ataque e cancelou uma viagem à França para acompanhar de perto o caso. Governos da América Latina e da Europa, além da ONU, condenaram o crime. O episódio deve provocar uma reavaliação profunda sobre a segurança de candidatos e o ambiente de polarização que domina o debate político no país.
O que está em jogo
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A integridade das eleições de 2026
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A segurança de figuras públicas
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A confiança da população no processo democrático
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A condução de campanhas eleitorais sob ameaça
Conclusão: democracia à prova
O atentado contra Miguel Uribe não é apenas um episódio isolado de violência — é o sintoma de uma democracia que precisa de proteção urgente. As próximas horas definirão não apenas o destino de um candidato, mas o tom do debate nacional sobre segurança, liberdade política e respeito à vida.
O país aguarda, entre a comoção e a indignação, respostas firmes, rápidas e exemplares. Porque quando um candidato é silenciado a tiros, a democracia inteira sangra junto.
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